Namo Amida Buda... Namo Amida Buda... Namo Amida Buda
O Centro
Budista Amitaba é um projeto de criação de um centro budista, baseado no voto
de renascer na Terra Pura de Amitaba, independente de corrente ou tradição
originária no leste e presente no Brasil. O Centro Budista Amitaba - Budismo
Terra Pura Independente busca fugir da ritualística oriental tentando
estabelecer um budismo propriamente brasileiro, recitando mantras e sutras
adaptados à nossa línguagem, ou traduzidos.
O Budismo
Terra Pura
(Texto do Rev. Shaku Hondaku - Maurício Ghigonetto)
O Budismo
Terra Pura é um ramo do Budismo Maaiana (Grande Veículo). O Budismo Terra Pura
também é chamado de “Escola do Lótus”, foi fundado na China no século V pelo
monge Hui-Yuan (334 – 416). Hui-Yuan era um erudito nos textos confuncionistas
e taoístas, foi à China onde se tornou
discípulo de um monge Budistas, Tao-an. Hui-Yuan convindou eruditos budistas e
confuncionistas para fundar a “Sociedade do Lótus Branco”. Hui-Yuan não tinha
pretensão de fundar uma escola, mas incentivar as pessoas a gerar o voto de
renascer na Terra Pura de Buda Amitaba, fundamentando-se nos Sutras:
Sukhavati-vyuha (de Amitaba [menor]; de Amitayus [maior]) e Amitayur-dhyana (da contemplação).
De acordo com
estes sutras, um monge, Dharmakara, fez 48 votos diante do Buda Lokeshvara-raja
(o 53º Buda). Este monge depois de alcançar a iluminação se tornou o
dhyana-buda Amitabha (o Buda da Luz e Vida infinitas), e assumiu o compromisso
de salvar todos os seres sencientes e de levá-los a uma Terra Pura (Buddha
Kshetra) no ocidente.
O 18º voto
assumido por ele seria o de não atingir o estado de Liberdade a não ser que ele
pudesse levar todos os outros seres ao mesmo estado, esse é o chamado “Voto
Original” (Purvanidana), um meio hábil para liberar os seres do samsara (ciclo
de vidas). Amitabha teria criado o nome sagrado (namadheya) para ser fácil de
manter e recitar.
Seu paraíso,
a Terra da Boa-aventurança (Sukhavati) seria um lugar completamente livre do
sofrimento, onde todos teriam as condições ideais para praticar o Dharma e
alcançar a iluminação. O Nascimento na Terra Pura seria espontâneo dentro de um
lótus, isto é, sem gestação. (sem causa e efeito). Diferentemente do Deva-loka
(reino dos Devas), a Terra Pura estaria fora do Ciclo de Vidas (samsara), assim
sendo, não haveria na Terra Pura sofrimento e delusão.
Existem
muitos outros textos sobre a Terra Pura na literatura budista maaiana, como o
“Pratyutpanna Samadhi Sutra” e o “Maaratnakuta Sutra”. Segundo o Maaratnakuta
Sutra o Buda Shakiamuni em pessoa pedira a seu pai e a 60.000 pessoas do clã
shakia que aspirassem renascer na Terra Pura. A Terra Pura é destinada a todos
os seres, sem excesão, independendo do nível de prática espiritual. A Terra
Pura é senão a nossa própria mente e Amitabha a nossa própria natureza
verdadeira. Renascer em Sukhavati é renascer em todas as Terras Puras, manter a
mente em Amitabha é manter a mente em todos os Budas.
Ashvagosha,
poeta e filósofo budista, em seu tratado “Maaiana Shradotptada Shastra” recomendou que os praticantes recitem o nome
de Amitabha para renascer na Terra Pura. Nagarjuna escreveu também sobre esse
assunto, e Vasubhandu ensinou que existem cinco portas para renascer na Terra
Pura:
1.
Venerar e Reverenciar o Buda;
2.
Recitar o mantra da repetição do Nome de Buda;
3.
Aspirar o renascimento em Sukhavati;
4.
Manter a mente focada nas Virtudes de Amitabha e
da Terra Pura;
5.
Transferir oo mérito da prática para todos os
seres.
O Trabalho
iniciado pelo monde Hui-Yuan foi continuado por T'an-Luan, Chie-che, Tao-ch'o,
Shan-Tao, Chih-ming e Yung-ming. Os monges Chang-lu, Tien-i, Yuen Hao, entre
outros integraram a prática da Terra Pura com a prática do Cha'n (Zen).
No Sutra do
Buda Avatamsaka, há uma seção sobre os dez grandes votos do Bodisatva
Samantabhadra para orientar os seres à Terra Pura, por isso, Samantabhadra é
considerado o primeiro patriarca do Budismo da Terra Pura. Tan-Luan (476 – 542)
desenvolveu o Budismo da Terra Pura, afirmando que só o poder próprio é
insuficiente para alcançar a iluminação,
sendo necessário também um “outro poder”, o poder de Amitabha, ou seja, o
“Próprio Poder” pode levar o praticante à desenvolver um apego à sí próprio,
sendo necessário que o praticante se desapegue de sí mesmo (confiar no Buda Amitabha). Tan-Luan enfatizou a prática
devocional na recitação do nome do Buda Amitaba. Originalmente o mantra era
“Namu Amitabhaya” (tomo refúgio em Amitabha), posteriormente se desenvolveu
para “Namu Amitabhaya Buddhaya” (Tomo refúgio no Buda Amitabha). Na China o
mantra se tornou: “Nan-mo O-mi-t'o Fo”, no Japão “Namu Amida Butsu”. No Budismo
Terra Pura Independente adaptamos ao português como “Nam' Amida Buda”.
Tan-Luan
classifcou seis técnicas básicas da meditação da Terra Pura, sendo tanto
técnicas de “parar” (Shamatha) quanto técinicas de “observar” (Vipashyana):
1.
A Porta do Voto: a porta Shamatha (parar). A
prática fundamental do Budismo Terra Pura é no voto de renascer na Terra Pura
do Buda Amitabha, fazendo com concentração perfeita.
1.1 Repetir o nome de Buda Amitabha é suficiente para limpar a mente e cessar às máculas mentais.
1.1 Repetir o nome de Buda Amitabha é suficiente para limpar a mente e cessar às máculas mentais.
1.2 Como a Terra Pura não é parte dos
Três Reinos [do desejo; da forma; da não forma], renascer lá é suficiente para
limpar a mente e cessar as máculas do corpo, da fala e da mente
1.3 O poder do próprio Amitabha é
suficiente para trazer a cessação para qualquer um que o chamar.
2.
A Porta da Contemplação: a porta do Vipashyana
(observar). Nesta prática o praticante focaliza sua atenção sobre a
contemplação, capaz de fazer cessar a confusão mundana e seus hábitos de
delusão. Existem três comteplações básicas (sobre as 13 contemplações do Sutra
da contemplação):
2.1 Contemplar a Perfeição e
Grandiosidade da Terra Pura;
2.2 Contemplar a Perfeição e
Grandiosidade do Buda Amitabha;
2.3
Contemplar a Perfeição e Grandiosidade dos Bodisatvas que renascem na Terra
Pura.
Namo Amida Buda Namo Amida Buda Namo Amida Buda
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Recitação do Nome de Buda - Namu Amituofo (chinês)